quinta-feira, 3 de junho de 2010

Incongruência na educação paulista


Na Resolução SE 44, publicada dia 25 de maio, a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo atesta a escassez de professores na rede estadual de ensino. A presente resolução regulamenta a contratação de professores que não realizaram o processo seletivo de 2009.
Eu fico muito feliz quando leio notícias assim! Há muito que o Estado vem achincalhando e humilhando os professores, desrespeitando a lei da data-base e criando milhares de resoluções e decretos sem ao menos consultar os sindicatos da categoria, propõe milhares de ações com o intuito de desvalorizar ainda mais a categoria docente.
Os “especialistas da educação” permanecem alienados a uma política de exclusão elaborada por uma gestão que há 16 anos impera no estado e não conseguem o mínimo de avanço possível na pasta da educação. São Paulo se consolida como um estado onde a educação pública é sinônima de fracasso.
A cada ano mudanças e mais mudanças vêm ocorrendo na educação paulista, mas esquece de valorizar o personagem principal dessa história, o professor! Faz simplesmente o contrário, maltrata e humilha os docentes, trata-nos como bandidos, desordeiros, vagabundos e acredita que mesmo assim poderemos desenvolver um bom trabalho. Sangue de barata acredito que nenhum professor tem e não cursamos uma faculdade, com as dificuldades particulares de cada um, para ser tratado tão mal!
Uma grade greve foi decretada por todos os sindicatos dos trabalhadores da educação e quando tentamos negociação no Palácio dos Bandeirantes, fomos recebidos à balas e bombas, a imprensa parcial, controladas e amordaçadas se limitaram a divulgar notas de rodapé falando da greve. O governo pro sua vez negou a existência da greve durante os 30 dias que perdurou o movimento e depois lançou a oportunidade de reposição dessas aulas não ministradas! Afinal, houve ou não a greve?
Realizou um concurso, com bibliografia extensa, onde muitos autores solicitados na bibliografia não tinham nenhuma pergunta referente na prova. Na época deu entrevista aos jornais falando que a carreira docente estava mais atrativa e havia muitos interessados, que discrepância com a situação atual, onde resoluções sobrepõem outras resoluções com o intuito de corrigir a ausência de professores.
A situação este ano está complicada e a cada ano agrava mais e mais, tenho certeza que em 2011 será bem pior! Muitos professores contratados este ano pela lei 1093, não poderão ministrar aulas ano que vem depois de decorrido um período de 200 dias. Isso sem contar na promoção por mérito, a política de maior exclusão já feita pelo governo! Simplesmente condicionou, de for inconstitucional, o aumento de salário de apenas 20% dos servidores a uma prova, excluindo 80% que há muito não ver cumprida a data-base.
Pode colocar milhares de editais solicitando professores que não haverá ninguém disposto a ser feito de palhaço. Essa ideia de querer contratar professores que não fizeram o provão, que muitos fizeram e acabaram sendo humilhados, é ridícula! É uma incongruência total por parte dos engravatados que desconhecem a realidade escolar.
A vocês, “especialistas da educação”, o meu largo e sarcástico sorriso, uma resposta a incompetência de seus planejamentos.

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