terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Uma chance de mudança

A América está em festa! Tomou posse neste dia 20 de janeiro de 2009, o presidente Barack Hussein Obama que vem com a missão de reerguer a nação americana mergulhada em uma imensa crise, de agravos incalculáveis.
O mundo simpatizou-se com ele e acredita que o mesmo mudará a forma como os outros países enxergam o a nação americana. Ele traz uma promessa praticamente impossível, deseja selar a paz entre palestinos e israelenses! Uma disputa antiga e com escassas expectativas de um final feliz.
O governo de Obama vem fazer oposição ao governo de Bush, marcado por guerras e desavenças entre os Estados Unidos e outras nações. Obama diz que é possível estabelecer segurança sem causar guerras, é possível a paz sem o uso de canhões ou qualquer outro tipo de arma. Este discurso pacífico é praticamente um desejo global que se viu destruído nos últimos anos pela ganância e desumanidade do governo Bush. A manutenção da base militar de Guantánamo em Cuba é prova principal de que o governo anterior combatia o terror com o terror, valorizava uma pratica arcaica de olho por olho e dente por dente.
O mundo anseia pelas mudanças positivas que Obama pode fazer! Ele representa a esperança de muitas pessoas, ele representa a quebra de um tabu sendo o primeiro presidente negro a alcançar a Casa Branca, sua origem simples faz com que as pessoas tenham simpatia e apreço por ele.
Obama disse promoverá aproximação com os países latinos! Então nós da América Latina, chamado de quintal dos Estados Unidos, enxergamos com essa reforma no poder da superpotência uma aliança com o intuito de sanar problemas e garantir até um assento permanente no conselho de segurança da ONU, quebra de algumas tarifas que o governo anterior colocava nos produtos brasileiros para dificultar a concorrência.
I have a dream! Esta frase dita por Martin Luther King ecoa pelos ouvidos de muitas pessoas despertando a esperança e o desejo de mudança. Os americanos tinham o sonho de ver alguém humano chegar ao poder e fazer revoluções! Sonharam e conseguiram, elegeram Barack e assim fizeram jus a uma frase de Luther King: “Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter”. Os americanos confiaram no caráter e depositaram todas as esperanças em Obama. O mundo tem um sonho de ver o poder da superpotência preocupado com questões importantes e ajudando aos países que necessitam de auxilio, o mundo não quer mais saber de guerras e enxergam neste novo governo uma chance de mudar o final da história. Já dizia o saudoso Chico Xavier, “Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos começar agora e fazer um novo fim!”.
Vamos aguardar as providências de Barack e torcer para que o sonho mundial se torne realidade.

A terra é de todos


“É a parte que te cabe neste latifúndio... É uma cova grande pra teu defunto parco” esta frase presente na canção “Funeral de um lavrador” de João Cabral de Melo Neto e Chico Buarque caracteriza o que acontece com aqueles que lutam pela floresta e reforma agrária neste país.
A ganância dos fazendeiros sobre as terras, em querer tudo aquilo até onde os olhos podem enxergar é um fato que há muito vem causando mortes e continua sem solução. Há vinte anos o Brasil perdeu Chico Mendes, mais uma vítima da violência causada pela arrogância de grandes fazendeiros e apoiada pela justiça impotente e incapaz de defender os homens de bem.
No Brasil, quem abre a boca para reclamar algo que está errado corre grande riscos de pagar com a vida, vivemos na democracia do medo, amparados pelas instâncias públicas que pouco apóiam o cidadão.
Muitos já morreram neste país lutando e sonhando com um pedaço de terra e quantos ainda morrerão? Um país de dimensões continentais deixar prosseguir guerras civis por terras? Terras imensas que dá e sobra para todos, mas que emperra no poder paralelo dos fazendeiros.
E depois de Chico Mendes vieram outros defensores que foram brutalmente assassinados por pessoas torpes tomadas pela cobiça em ter mais e mais. O Padre Josimo e mais recente a missionária Irmã Dorothy foram mais uma vítima do poder paralelo dessas pessoas que se acham donas do mundo e não encontram leis que as façam parar.
Todos os governantes que chegam ao poder prometem realizar a reforma agrária, mas mostram-se incapazes e nos fazem crer que tem pouco poder diante os fazendeiros e mesmo sendo um presidente da república não possui coragem de encará-los e mostrar que vivemos em pleno Estado de direito e somos regidos por leis que devem ser cumpridas e respeitadas.
Enquanto a minoria detiver a maioria das terras desta nação fica impossível promover igualdade, enquanto a justiça servir apenas para poucos não teremos verdadeiramente justiça, teremos uma parcela da população regida por lei e a outra parte comandada por si mesma. E assim a maioria dos filhos desta pátria amada terá a terra apenas quando desencarnar, quando a vida lhe for ceifada ele pagará pelo estreito pedaço, uma cova, que eternizará os seus desejos em possuir um chão, só assim terá o que lutou para conseguir durante toda a sua vida.

A Lei da Mordaça


O deputado Roberto Felício (PT-SP) apresentou projeto de lei que revoga a lei da mordaça, instrumento utilizado para inibir os funcionários públicos paulistas de se “referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou pela imprensa, ou qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da Administração”, o Projeto de Lei Complementar 81/2007 que extingue a chamada Lei da Mordaça foi aprovado pela Câmara e rejeitado pelo governador José Serra em uma ação de continuar intimidando principalmente os professores de falar as verdades e as mazelas deste governo.
Esta lei é totalmente uma oposição negativa ao artigo 5º da Constituição Federal Brasileira que garante a liberdade de expressão a todo cidadão e o isenta de qualquer sanção ou repreensão. É inadmissível que o chefe do executivo paulista continue agindo como um ditador.
Uma pessoa dessa não pode chegar a presidência da república, ele representa um retrocesso na liberdade de expressão. Basta o AI-5 foi extinto graças a Deus há muito tempo, e se algo está errado temos sim que denunciar e buscar os nossos direitos.
Quantas repreensões os docentes deste estado já foram submetidos? Em diversas situações tiveram que se calar com medo de sofrer sanções administrativas, os professores foram a categoria que registrou o maior número de denúncias de abuso no uso do Estatuto do Funcionário Público, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) lançou uma campanha pela revogação do inciso I do artigo 242 da Lei 10.261, de 28 de outubro de 1968 (Estatuto do Servidor Público). Esta lei é do tempo da ditadura e não pode permanecer nos dias atuais, precisamos lutar para extingui-la.
Esta é mais uma demonstração do poder autoritário de José Serra, ele não aceita negociação e se recusa a receber representantes para negociar melhores condições de trabalho e aumento salarial. É a continuação da política de Mário Covas, de Geraldo Alkimin e Cláudio Lembo, todos eles desprezaram os professores e as demais classes do funcionalismo público, enquanto governadores nada fizeram para garantir condições dignas para o pleno exercício da docência que a cada dia se transforma em um cargo de favor.
Professores não se iludam com bônus que o governo paga com o intuito de “comprar” votos e ganhar eleições! Na hora de votar pense e reflita, não vá eleger um ditador que há muito mantém esta política de ataques a nossa classe. Lembre-se que José Serra manteve a “Lei da Mordaça”, desrespeitando inclusive os sessenta anos da declaração universal dos direitos humanos e a Carta Magna, a lei máxima das nações.

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