domingo, 28 de março de 2010
Ataque aos professores
Assim como o governador José Serra permitiu o ataque entre os policiais civis e militares em outubro de 2008, permitiu também que os professores estaduais fossem agredidos pelos militares na tarde de sexta-feira, 26 de março de 2010.
A greve existe porque o governo não cumpre com as suas obrigações trabalhistas, passa por cima das leis e faz o que bem quer! Nós, professores, temos a data base que nunca é respeitada, todo ano o salário mínimo tem reajuste e nosso permanece estagnado.
A greve foi deflagrada no dia 05 de março e até agora o secretário de educação não recebeu as entidades do magistério e sequer demonstrou querer fazer acordo. Uma intransigência total por parte das autoridades se há o movimento grevista é porque alguma coisa está errada! O professor não está querendo ganhar um salário de executivo, o que pedimos é apenas a reposição das perdas que houve desde 1998.
Lágrimas de revolta caem de meus olhos ao constatar que a educação encontra-se no caos total e muitos professores se calam e abaixam a cabeça para as leis que o ditador impõe! Professor que é professor vai à luta e desmascara a mentira, vai defender sua profissão e não se cala diante as adversidades.
Como posso ensinar meu aluno a lutar se não luto pela minha profissão? Que exemplo está dando aos discentes ficando calados e submissos as mazelas e loucuras que o PSDB vem fazendo com a educação paulista.
Enquanto muitos professores levavam bomba muitos outros estavam na sala de aula, enquanto muitos batalhavam por melhorias outros ignoram o movimento de greve e fazem de conta que nada está acontecendo, tenho vergonha de pertencer a uma classe tão desunida, egoísta e individualista.
Repudio a todos os professores que se calaram enquanto muitos eram vítimas de bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, vítimas do desprezo e do ódio com que fomos tratados! Repudio a atitude da mídia que se absteve de mostrar apenas o que interessa ao imperador de São Paulo, é nojento saber que a nossa liberdade de imprensa é limitada, ela existe até o ponto em que a verdade não possa prejudicar os governantes! A mídia se vende e tenta persuadir a população com suas manchetes fajutas que não traduzem a realidade. Repudio a ação da policia que acabou ferindo muitos professores que estavam ali para exigir respeito e um salário digno, não somos de guerra e não tínhamos armas nas mãos, portávamos apenas os ideais de dignidade e justiça; mesmo assim fomos recebidos a tiros. Abaixo a repressão, professor não é ladrão! Mesmo com este lema fomos agredidos e vitimas da ditadura paulista, fomos humilhados, mas não fomos vencidos!
O estado impôs que houvesse o fim da greve para haver negociação, que hilário, cômico e sórdido. Até poucos dias a greve não existia para o governo, agora ele fala em cessar o movimento para haver negociação! Veja as contradições, percebam quem está errado! Repudio esta atitude torpe do secretário de educação e a própria assembleia reunida nas imediações do Palácio dos Bandeirantes respondeu em alto e bom som: A GREVE CONTINUA!
“Creio no valor supremo do indivíduo e no seu direito à vida, à liberdade e à procura da felicidade.
Creio que a cada direito corresponde uma responsabilidade; a cada oportunidade, uma obrigação; a cada concessão, um dever.
Creio que a lei foi feita para o homem e não o homem para a lei, que o Governo é o servidor do povo e não seu dono.
Creio na dignidade do trabalho - seja ele feito com a mão ou com a cabeça -, que o mundo não deve uma subsistência a ninguém, mas deve assegurar a cada um a possibilidade de ganhar o seu sustento.”
John D. Rockfeller
Não vamos nos rebaixar e não vamos ceder às pressões! Eu acredito na vitória da verdade, no triunfo do bem sobre o mal!
sábado, 27 de março de 2010
Policial sem nome?!?!
PM diz que “ainda não sabe nome do policial que socorreu a soldado nem o que ele fazia na manifestação”
A foto do manifestante carregando a policial ferida (foi como a Agência Estado a legendou) ganhou os portais, sites e blogs de todo o país, emocionando muita gente, eu inclusive. Hoje à tarde a Polícia Militar do governo do Estado de São Paulo informou que a soldado chama-se Erika Cristina Moraes de Souza Canavezi. Já o professor é, na verdade, um policial militar à paisana.
A nota da PM diz o seguinte:
Com relação à foto publicada na grande imprensa de uma policial sendo socorrida, a Polícia Militar esclarece que trata-se da Soldado Erika Cristina Moraes de Souza Canavezi, que foi ferida com uma paulada no rosto e que está sendo socorrida por um policial militar a paisana.
A policial foi atendida no Hospital Albert Ainsten medicada, liberada e passa bem.
A Polícia Militar agradece as manifestações de solidariedade.
Enviei então e-mail à assessoria de imprensa da PM, perguntando:
1) O nome do policial militar que socorreu a soldado Erika. Estranhei o fato de a corporação ter divulgado o nome da soldado e não ter feito o mesmo com o colega à paisana. Até por que foi a própria PM que revelou a situção funcional dele.
2) O que o policial militar à paisana estava fazendo na manifestação dos professores, que foi reprimida com violência. A PM usou spray pimenta, balas de borracha, gás lacrimogêneo e cassetetes contra os manifestantes.
A assessoria de imprensa informou-me há pouco, por telefone, que “a PM ainda não sabe o nome do policial militar à paisana nem o que fazia na manifestação. Mas que ele foi identificado como sendo da corporação.”
Além disso, prometeu até segunda-feira esclarecer completamente as perguntas que lhes fizemos. Fábio Moraes, secretário-geral da Apeoesp ( Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), estima que 40 mil professores tenham participado da manifestação perto do Palácio dos Bandeirantes na última sexta-feira, 26 de março.
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/foto-da-manifestacao-pm-ainda-nao-sabe-o-nome-do-policial-que-socorreu-a-soldado-nem-o-que-fazia-la.html 28/MARÇO/2010
Truculência, prepotência e covardia em SP
Truculência, prepotência e covardia em São Paulo
Escrito por Leonardo Wexell Severo
27/03/2010
Serra exibe suas credenciais ao país lançando PM contra professores em greve
Escrevo estas linhas em meio a telefonemas de denúncias sobre presos e torturados pela Polícia Militar de José Serra na manifestação desta sexta-feira (26) nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Denúncias de grotescas armações realizadas por policiais que se passaram por manifestantes, abafadas para dar lugar ao assumimento da candidatura a presidente do governador do Estado mais rico e que paga o Pior Salário Do Brasil para o funcionalismo público. Também escrevo com dor, intensa, devido às queimaduras nos dois braços e mãos provocadas pelos sprays químicos, covardemente atirados pelos marginais com farda sobre quem fotografava de perto, documentando próximo demais para quem tudo quer encobrir. Depois, a versão oficial ganha as tintas da verdade nos jornalões e informação mercadoria cobre as emissoras de rádio e televisão.
Antes de dar continuidade, cito o saudoso conterrâneo Apparício Torelli, mais conhecido como o Barão de Itararé, que daria boas risadas do cenário montado por José Serra nos meios de comunicação. Uma mídia que até para ser venal podia ter algum limite. Vendo o quão tosca foi a cobertura, quão partidarizada e ideologizada em favor do escárnio dos educadores, não há como fazer chacota deste tipo de “jornalismo”. Dizia o Barão: “Um bom jornalista é um sujeito que esvazia totalmente a cabeça para o dono do jornal encher nababescamente a barriga” e que “A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana”..
Vamos aos fatos:
Foi montada uma barreira impedindo o deslocamento de dezenas de milhares de professores em greve que, enfrentando a chuva e os inúmeros bloqueios da Polícia Militar, conseguiram chegar até a avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi.
O comando da paralisação, que Serra diz ser de 1%, até o dia de hoje não havia conseguido sequer ser recebido pelo governo. Nesta sexta uma comissão foi recepcionada finalmente no Palácio, mas o mesmo governo que alega não haver greve, diz que só iria negociar com a volta à aula dos grevistas.
Naquele mesmo instante, sob ordens do governador que já havia fugido da cidade, marginais vestidos com a farda da Polícia Militar abriram fogo contra manifestantes que queriam respaldar a negociação, mas foram recebidos com golpes de cassetetes, balas de borracha e bombas de efeito “moral”. Tinham que ficar no seu lugar. Ali era local reservado a autoridades e bacanas. Os professores não eram nenhum dos dois.
Diante do impasse e da decisão do governo tucano de manter o arrocho salarial – os professores acumulam perdas de 34,3% -, da continuação do escárnio da política de bônus, provinhas e provões, sem qualquer Plano de Carreira, com as salas superlotadas, com os laboratórios e bibliotecas caindo aos pedaços, com o fechamento de turnos e escolas, a greve continua. E nova assembleia foi convocada para a próxima quarta-feira, dia 31 de março.
Com as costas perfuradas por duas balas de borracha, Thiago Leme, professor de biologia da Escola Estadual Metalúrgico, em São Bernardo do Campo, relatou: “Não espero absolutamente nada deste governo, somente que saia o mais rápido possível. Somos uma categoria profissional digna e deveríamos ser tratados como seres humanos. Infelizmente, a imprensa é parte deste sistema corrupto e vamos ter amanhã as versões dos fatos que eles inventarem sobre hoje”.
Com as duas pernas sangrando, atingidas por bombas de efeito moral, Sílvio Prado, professor de História de Taubaté, desabafou: “Deste governo a gente não pode mais esperar nada, só truculência”.
Sindicalista, Policial Civil, Jeferson Fernando foi confundido com um professor, mantido preso e espancado por cerca de três horas e levado ao 34ª DP de Francisco Morato. Com a roupa rasgada e acompanhado por dirigentes do Sindicato, Jeferson foi até a Corregedoria denunciar os inumeráveis abusos dos quais foi vítima.
Professor de Filosofia em Jundiaí, Fernando Ribeiro presenciou quando um dos muitos policiais infiltrados pelo governo na manifestação “tentava atear fogo em um veículo, buscando incriminar os manifestantes”. Com o policial à paisana identificado, professores e estudantes saíram à caça do marginal que buscou refúgio entre os policiais militares. “Tentaram colocar fogo no carro para culpar o protesto. Como agiram com muita força, numa ação desproporcional, queriam uma justificativa”.
Coordenador da representação do funcionalismo público estadual e vice-presidente estadual da CUT, Carlos Ramiro de Castro (Carlão) foi atingido na testa por um estilhaço de uma das bombas lançadas a esmo pelos policiais. Tranquilo, Carlão foi categórico: “O governo perdeu a cabeça e está desesperado. A razão está do nosso lado, venceremos!”
A professora Maria Izabel (Bebel), presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Público Oficial do Estado de São Paulo), exortou a categoria a ampliar a mobilização e se fazer presente na próxima quarta-feira na Paulista. “Tentaram nos colocar de joelhos, mas estamos aqui, de cabeça erguida, exigindo o respeito que esta maravilhosa categoria merece”.
A presidenta da União Municipal dos Estudantes de São Paulo (UMES), Ana Letícia, sublinhou que “os professores nos enchem de orgulho pois estão enfrentando com garra e coragem a covardia e a mentira do desgoverno Serra. Contem conosco para seguir em frente na defesa da melhoria da qualidade do ensino público”.
De acordo com o deputado estadual Roberto Felício (PT), o simples fato das direções de escola terem sido instruídas pelo governo a não informarem sobre a paralisação é um forte indício do respaldo do movimento junto à categoria, “que está na linha de frente, pois não foge da luta”.
Conforme o deputado estadual Major Olímpio (PDT), liderança dos policiais militares, o que o governo estadual fez foi usar de toda a sua truculência e o seu aparato repressivo em vez de abrir negociação com os professores. “Os manifestantes vieram para dialogar, mas o governo tucano os recebeu como numa guerra”, frisou.
Para os incautos que ainda alimentavam alguma ilusão em relação à falta de caráter de José Serra, vale o comentário de um ex-amigo seu, Flávio Bierrenbach, ex-deputado e ministro do Superior Tribunal Militar: “Serra entrou pobre na Secretaria de Planejamento do Governo Montoro e saiu rico. Ele usa o poder de forma cruel, corrupta e prepotente. Poucos o conhecem. Engana muita gente. Prejudicou a muitos dos seus companheiros. Uma ambição sem limite. Uma sede de poder sem nenhum freio".
Agora, vamos freá-lo!
http://www.cut.org.br/content/view/19546/TRUCULNCIAPREPOTNCIAECOVARDIAEMSOPAULO 26/MARÇO/2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Serra é vaiado
Serra é vaiado por manifestantes no interior de SP
Professores, agentes penitenciários e profissionais da saúde participaram
Cerca de 200 servidores estaduais, entre professores, agentes penitenciários e profissionais da saúde, vaiaram nesta sexta-feira o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em Presidente Prudente, no interior paulista, onde o tucano inaugurou obras.
Com nariz de palhaço e faixas que foram proibidas de ser abertas pela Polícia Militar, os manifestantes se reuniram na frente do prédio do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), inaugurado pelo governador.
Os manifestantes chamaram Serra de "ditador" e "mentiroso".
— Nos proibiram de entrar no prédio e de colocar as faixas, bolsas de mulheres foram revistadas e um professor foi tirado à força por um PM —, reclamou Alberto Brushi, diretor regional do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp).
O sindicalista Rozalvo José da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), também reclamou do tratamento dado aos manifestantes.
A exemplo dos professores, em greve há 19 dias, os agentes penitenciários decidiram entrar em greve a partir do próximo dia 30. Ele afirmou que os 22 mil agentes, que cuidam de 180 mil presos no Estado, exigem reajuste salarial de 26,34%.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Pol%C3%ADtica&newsID=a2853547.xml 26/março/2010
Professores, agentes penitenciários e profissionais da saúde participaram
Cerca de 200 servidores estaduais, entre professores, agentes penitenciários e profissionais da saúde, vaiaram nesta sexta-feira o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em Presidente Prudente, no interior paulista, onde o tucano inaugurou obras.
Com nariz de palhaço e faixas que foram proibidas de ser abertas pela Polícia Militar, os manifestantes se reuniram na frente do prédio do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), inaugurado pelo governador.
Os manifestantes chamaram Serra de "ditador" e "mentiroso".
— Nos proibiram de entrar no prédio e de colocar as faixas, bolsas de mulheres foram revistadas e um professor foi tirado à força por um PM —, reclamou Alberto Brushi, diretor regional do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp).
O sindicalista Rozalvo José da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), também reclamou do tratamento dado aos manifestantes.
A exemplo dos professores, em greve há 19 dias, os agentes penitenciários decidiram entrar em greve a partir do próximo dia 30. Ele afirmou que os 22 mil agentes, que cuidam de 180 mil presos no Estado, exigem reajuste salarial de 26,34%.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Pol%C3%ADtica&newsID=a2853547.xml 26/março/2010
Nova assembleia
A categoria já marcou data para realizar novo encontro: 15h do dia 31 de março, na Avenida Paulista, informou o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp). O secretário da pasta de Educação, Paulo Renato Souza, ainda avalia mais um dos pedidos dos docentes para audiência, protocolado nesta terça-feira (23), segundo a assessoria de imprensa do órgão.
Outras duas assembleias, de porte similar, ocorreram na capital desde o início da greve, ambas no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Entre as reivindicações dos professores estão o reajuste salarial de 34,3%. Eles também se opõem à incorporação da gratificação em três parcelas anuais.
Outras duas assembleias, de porte similar, ocorreram na capital desde o início da greve, ambas no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Entre as reivindicações dos professores estão o reajuste salarial de 34,3%. Eles também se opõem à incorporação da gratificação em três parcelas anuais.
O palácio é do povo, e não do rei!
Sem Serra, professores lotam Morumbi para falar com vice; PM entra em confronto
Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 26/03/2010, 15:00
Última atualização às 18:29
Tempo real
PM entra em confronto com manifestantes. Segundo primeiras informações há feridos. Acompanhe também em tempo real pelo twitter.
Neste momento, alguns professores tentam encontrar lugar a salvo da ação da Polícia Militar, ao passo que outros se ocupam de ajudar os feridos e consolar aqueles que estão chorando. A Apeoesp utiliza seu caminhão de som para tentar chegar ao ponto de negociação e dar proteção aos manifestantes.
Há duas versões para explicar o início da ação policial. Uma delas, dada por professores que estavam próximos ao local onde começou o problema, é de que os policiais queriam avançar com o cordão de isolamento e, para isso, lançaram mão de bombas ditas de efeito moral. A outra, oficial, é de que estudantes deram início à confusão.
O vereador paulistano Jamil Murad (PcdoB), que integrou a frente parlamentar que tentou negociar com o governo José Serra, afirmou ter ouvido em tom “categórico” do coronel responsável pelo policiamento que a ordem é impedir a chegada ao Palácio dos Bandeirantes.
“O palácio é do povo, não é do rei”, reagiu um professor de Carapicuíba que sofre os efeitos das bombas e do gás pimenta.
São Paulo - Uma grande movimentação toma conta dos arredores do estádio do Morumbi, em São Paulo. Não é dia de jogo, mas os professores estaduais em greve desde o dia 8 de março prometem encher a região na manifestação desta sexta-feira (26). Em uma contagem parcial, cerca de 45 mil pessoas estão no local.
Após realizar assembleia em frente ao estádio do Morumbi e manter a greve por tempo intederminado, os professores se dividiram. Uma parte subiu até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e lá, segundo informações da Apeoesp, foram agredidos pela PM. A outra parte permanece nos arredores do estádio.
Muitos professores estão próximos ao primeiro cordão de isolamento na avenida Giovanni Gronchi ou encurralados nas ruas laterais.
Antes, os professores haviam recebido a informação de que uma comissão de negociação seria recebida pelo secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira. No entanto, essa reunião ainda não está descartada. Um grupo de deputados estaduais está neste momento nos Bandeirantes tentando abrir um canal de comunicação.
A próxima assembleia está marcada para o dia 31 de março, às 15h, dia em que o funcionalismo público estadual prepara o 'bota-fora' para o governador José Serra, pré-candidato pelo PSDB à Presidência da República.
Um dia de protesto
Os manifestantes se reuniram em frente ao estádio do São Paulo. O ato, que estava previsto para começar às 15h, atrasou pois vários ônibus que vinham do interior não conseguiram chegar até a região. Segundo fontes ouvidas pela Rede Brasil Atual alguns foram barrados, segundo fontes, na Rodovia Castelo Branco e Raposos Tavares, além da Marginal Tietê. De acordo com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), esse atraso foi ocasionado pelas Polícia Militar que fez "revistas" demoradas nos ônibus, tudo para esvaziar o protesto. São esperados 200 ônibus de outras cidades para chegar ao número de 100 mil professores que querem que suas reivindicações sejam atendidas pelo governo do Estado.
Outro motivo do atraso foi a chuva que castigou a região. Por volta das 14h chovia granizo. "Estamos fazendo um pedido para que a PM libere nossos ônibus para chegarem aqui. Se o Serra não está, o vice (Alberto Godman) está e ele pode nos receber. Esperamos que o governo tenha o bom senso de receber os trabalhadores para negociar", disse o secretário-geral da Apeoesp, Fabio de Moraes, antes da manifestação. O governador está em Presidente Prudente, a 560 km da capital.
De acordo com informações, a Polícia Militar fez um bloqueio na praça Vinicius de Morais para impedir que os manifestantes cheguem à sede do governo paulista. Só em uma das áreas ao redor há 350 policiais e 56 viaturas, além da cavalaria, força tática e a tropa de choque.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar nega que haja "revistas" demoradas nos ônibus com manifestantes e também não dá informações sobre o efetivo na região.
Reivindicações
reajuste imediato de 34,3%;
incorporação de todas as gratificações e extensão aos aposentados, sem parcelamento;
contra o provão dos ACTs;
contra a avaliação de mérito;
pela revogação das leis 1093, 1094, 1097;
por um plano de carreira justo;
concurso público de caráter classificatório.
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/professores-em-greve-em-sao-paulo-2010-2010-03-26 26/MARÇO/2010
Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 26/03/2010, 15:00
Última atualização às 18:29
Tempo real
PM entra em confronto com manifestantes. Segundo primeiras informações há feridos. Acompanhe também em tempo real pelo twitter.
Neste momento, alguns professores tentam encontrar lugar a salvo da ação da Polícia Militar, ao passo que outros se ocupam de ajudar os feridos e consolar aqueles que estão chorando. A Apeoesp utiliza seu caminhão de som para tentar chegar ao ponto de negociação e dar proteção aos manifestantes.
Há duas versões para explicar o início da ação policial. Uma delas, dada por professores que estavam próximos ao local onde começou o problema, é de que os policiais queriam avançar com o cordão de isolamento e, para isso, lançaram mão de bombas ditas de efeito moral. A outra, oficial, é de que estudantes deram início à confusão.
O vereador paulistano Jamil Murad (PcdoB), que integrou a frente parlamentar que tentou negociar com o governo José Serra, afirmou ter ouvido em tom “categórico” do coronel responsável pelo policiamento que a ordem é impedir a chegada ao Palácio dos Bandeirantes.
“O palácio é do povo, não é do rei”, reagiu um professor de Carapicuíba que sofre os efeitos das bombas e do gás pimenta.
São Paulo - Uma grande movimentação toma conta dos arredores do estádio do Morumbi, em São Paulo. Não é dia de jogo, mas os professores estaduais em greve desde o dia 8 de março prometem encher a região na manifestação desta sexta-feira (26). Em uma contagem parcial, cerca de 45 mil pessoas estão no local.
Após realizar assembleia em frente ao estádio do Morumbi e manter a greve por tempo intederminado, os professores se dividiram. Uma parte subiu até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e lá, segundo informações da Apeoesp, foram agredidos pela PM. A outra parte permanece nos arredores do estádio.
Muitos professores estão próximos ao primeiro cordão de isolamento na avenida Giovanni Gronchi ou encurralados nas ruas laterais.
Antes, os professores haviam recebido a informação de que uma comissão de negociação seria recebida pelo secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira. No entanto, essa reunião ainda não está descartada. Um grupo de deputados estaduais está neste momento nos Bandeirantes tentando abrir um canal de comunicação.
A próxima assembleia está marcada para o dia 31 de março, às 15h, dia em que o funcionalismo público estadual prepara o 'bota-fora' para o governador José Serra, pré-candidato pelo PSDB à Presidência da República.
Um dia de protesto
Os manifestantes se reuniram em frente ao estádio do São Paulo. O ato, que estava previsto para começar às 15h, atrasou pois vários ônibus que vinham do interior não conseguiram chegar até a região. Segundo fontes ouvidas pela Rede Brasil Atual alguns foram barrados, segundo fontes, na Rodovia Castelo Branco e Raposos Tavares, além da Marginal Tietê. De acordo com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), esse atraso foi ocasionado pelas Polícia Militar que fez "revistas" demoradas nos ônibus, tudo para esvaziar o protesto. São esperados 200 ônibus de outras cidades para chegar ao número de 100 mil professores que querem que suas reivindicações sejam atendidas pelo governo do Estado.
Outro motivo do atraso foi a chuva que castigou a região. Por volta das 14h chovia granizo. "Estamos fazendo um pedido para que a PM libere nossos ônibus para chegarem aqui. Se o Serra não está, o vice (Alberto Godman) está e ele pode nos receber. Esperamos que o governo tenha o bom senso de receber os trabalhadores para negociar", disse o secretário-geral da Apeoesp, Fabio de Moraes, antes da manifestação. O governador está em Presidente Prudente, a 560 km da capital.
De acordo com informações, a Polícia Militar fez um bloqueio na praça Vinicius de Morais para impedir que os manifestantes cheguem à sede do governo paulista. Só em uma das áreas ao redor há 350 policiais e 56 viaturas, além da cavalaria, força tática e a tropa de choque.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar nega que haja "revistas" demoradas nos ônibus com manifestantes e também não dá informações sobre o efetivo na região.
Reivindicações
reajuste imediato de 34,3%;
incorporação de todas as gratificações e extensão aos aposentados, sem parcelamento;
contra o provão dos ACTs;
contra a avaliação de mérito;
pela revogação das leis 1093, 1094, 1097;
por um plano de carreira justo;
concurso público de caráter classificatório.
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/professores-em-greve-em-sao-paulo-2010-2010-03-26 26/MARÇO/2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Greve em Piracicaba segue estável
Metade das 63 escolas de Piracicaba e outras três cidades da região paralisaram atividades
DANIELE RICCI
Da Gazeta de Piracicaba
daniele.ricci@gazetadepiracicaba.com.br
É estável o quadro da paralisação dos professores do Estado nas escolas de Piracicaba. Ontem, cerca de 50% das escolas não estavam tendo aulas, seguindo a deliberação da assembleia geral realizada na sexta-feira (19), em São Paulo, para a continuidade do movimento.
Nem o anúncio do bônus de 2,4% feito ontem pelo Governo do Estado de São Paulo animou os docentes.
De acordo com Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel), presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores da Rede Estadual) e integrante do Conselho Nacional de Educação, não adianta o Governo bonificar, é preciso criar uma política salarial para os professores. “Estamos há nove anos recebendo bônus, o Governo insiste nessa política, mas se tivesse aplicado anualmente 5%, teríamos nosso salário reajustado em 45% hoje”, disse.
QUALIDADE. Bebel afirma ainda que a falta de uma política que valorize o professorado, influencia diretamente na qualidade do ensino. “Atualmente, os professores não podem ficar com apenas um trabalho, precisam arrumar mais de um para melhorar o rendimento e não conseguem se dedicar melhor às aulas em um só lugar”, afirmou.
Segundo ela, este motivo já justificaria a greve. “Não lutamos apenas por uma questão salarial, mas pela valorização da educação.”
MOVIMENTO. Piracicaba conta com 63 escolas da rede estadual de ensino na região, que engloba as cidades de Águas de São Pedro, São Pedro e Santa Maria da Serra. Dessas, 32 estão com as atividades paralisadas e outras, ainda resistentes, têm recebido a visita de representantes da Apeoesp local na tentativa de convencer os docentes ainda em dúvida sobre a adesão ao movimento.
Na tarde de hoje, representantes da Apeoesp deverão estar na praça José Bonifácio, coletando assinaturas de apoio da população ao movimetno grevista.
http://www.gazetadepiracicaba.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1679678&area=26050&authent=17BC8F75389FB366FDB8612BEEF251 24/MARÇO/2010
DANIELE RICCI
Da Gazeta de Piracicaba
daniele.ricci@gazetadepiracicaba.com.br
É estável o quadro da paralisação dos professores do Estado nas escolas de Piracicaba. Ontem, cerca de 50% das escolas não estavam tendo aulas, seguindo a deliberação da assembleia geral realizada na sexta-feira (19), em São Paulo, para a continuidade do movimento.
Nem o anúncio do bônus de 2,4% feito ontem pelo Governo do Estado de São Paulo animou os docentes.
De acordo com Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel), presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores da Rede Estadual) e integrante do Conselho Nacional de Educação, não adianta o Governo bonificar, é preciso criar uma política salarial para os professores. “Estamos há nove anos recebendo bônus, o Governo insiste nessa política, mas se tivesse aplicado anualmente 5%, teríamos nosso salário reajustado em 45% hoje”, disse.
QUALIDADE. Bebel afirma ainda que a falta de uma política que valorize o professorado, influencia diretamente na qualidade do ensino. “Atualmente, os professores não podem ficar com apenas um trabalho, precisam arrumar mais de um para melhorar o rendimento e não conseguem se dedicar melhor às aulas em um só lugar”, afirmou.
Segundo ela, este motivo já justificaria a greve. “Não lutamos apenas por uma questão salarial, mas pela valorização da educação.”
MOVIMENTO. Piracicaba conta com 63 escolas da rede estadual de ensino na região, que engloba as cidades de Águas de São Pedro, São Pedro e Santa Maria da Serra. Dessas, 32 estão com as atividades paralisadas e outras, ainda resistentes, têm recebido a visita de representantes da Apeoesp local na tentativa de convencer os docentes ainda em dúvida sobre a adesão ao movimento.
Na tarde de hoje, representantes da Apeoesp deverão estar na praça José Bonifácio, coletando assinaturas de apoio da população ao movimetno grevista.
http://www.gazetadepiracicaba.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1679678&area=26050&authent=17BC8F75389FB366FDB8612BEEF251 24/MARÇO/2010
terça-feira, 23 de março de 2010
Audiência na Assembleia Legislativa
Nesta terça-feira, 23/3, o presidente Barros Munhoz e os líderes partidários reuniram-se com representantes das entidades do magistério, que estão em greve desde o dia 8/3 por melhores salários e condições de trabalho. Os professores pediram que a Assembleia consiga junto ao governador e aos secretários de Educação, de Gestão Pública e da Casa Civil a abertura de negociações sobre a pauta de reivindicações da categoria.
Os representantes do magistério reclamaram que o secretário da Educação, Paulo Renato, não recebe a categoria e nega ter conhecimento da pauta de reivindicações. Entretanto, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, Fabio Santos de Moraes, a pauta foi entregue pela primeira vez no dia 22/1. José Maria Cancelliero, presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP) e Neusa Santana Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sintepps) reclamaram que a Secretaria da Educação não acredita no tamanho da greve, e tenta jogar a população contra a categoria.
O presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, afirmou que fará tudo o que estiver ao seu alcance para abrir um canal de negociação entre a categoria dos trabalhadores da Educação e o governo paulista: "Nós vamos cumprir nossa missão e nosso dever. É justo que os senhores postulem e que cumpramos com integridade nosso mandato, buscando o entendimento entre os servidores e o governo", afirmou. Munhoz lembrou que a negociação é a essência da democracia. "Iremos ao limite de nossas possibilidades para tentar o entendimento."
Governo e mídia
"A greve é a última alternativa contra os desmandos de que somos vítimas no governo Serra, que tem uma política educacional absolutamente equivocada", falou Luiz Gonzaga, da Udemo, que completou: "Para um professor atingir o topo da carreira pelo plano proposto, levaria 196 anos".
O governo Serra não respeita sequer a data-base do funcionalismo, que é 1º de março, disse Carlos Ramiro, do Conselho Permanente de Negociação. Além do mais, continuou Ramiro, o governo Serra "mente, com apoio da mídia, nas propagandas, pois não há dois professores em sala de aula, os salários não atingem o valor anunciado, e o baixo nível do ensino paulista foi mostrado pela baixa pontuação no Saresp".
"O bônus anunciado nesta semana não é suficiente", disse Maria Isabel Noronha, presidente da Apeoesp, que afirmou que "a política de bônus não corresponde à melhoria do ensino". "A avaliação por mérito exclui 80% da categoria e os aposentados, e não considera o tempo de serviço como tempo de aperfeiçoamento".
Perdas dos aposentados
Os aposentados são os mais prejudicados, pois ao longo dos anos perderam, em sucessivos planos salariais, as vantagens da carreira que possuíam, lembrou Wally Lühmann, primeira vice-presidente da Apampesp. "Aposentado é considerado o mal do Estado, pois está demorando para morrer, então vamos tentar matá-los de desespero", disse. Somando-se às reclamações dos aposentados, Maria Célia Mello Sarno, presidente do Sindicato de Supervisores do Magistério do Estado de São Paulo (Apase) afirmou que eles são pessoas "non gratas" para o governo Serra.
O pedido de intermediação da Assembleia na luta dos professores, às suas reivindicações por negociações e melhorias salariais, maior qualidade de ensino e de condições de trabalho foram apoiadas por representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O presidente da Federação das Entidades dos Servidores do Setor Público do Estado de São Paulo, José Gozze, disse que a política do governo Serra para com os funcionários públicos "colhe paralisações na saúde, nas escolas, na polícia e no judiciário, caminhando para uma greve geral".
A União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), presente na reunião, anunciou que junto com a UEE aprovou resolução de apoio do movimento dos professores, e afirmou que "o governo estadual tem um mérito: uniu todos os setores da Educação".
A palavra dos deputados
Maria Lúcia Prandi (PT), presidente da Comissão de Educação: "O objetivo desta audiência é buscar que o presidente da Casa, Barros Munhoz, e todos os deputados, façam um dos papéis do Legislativo: a mediação na abertura de um canal de negociação com o governo".
Roberto Felício (PT) estimou a adesão à greve em 50% do professorado. Ele comentou a negociação para aprovação de emendas durante o processo de aprovação do PLC 8. "Fui testemunha do empenho de Barros Munhoz", disse, referindo-se a outros movimentos do funcionalismo.
Carlos Giannazi (PSOL): "A escola pública fracassa porque não tem política educacional. O professor não pode ser o bode expiatório". Ele lamentou que o governo seja intransigente e não negocie.
José Mentor, líder do PT, afirmou que os jornais subestimaram o número de professores na avenida Paulista, na última sexta-feira, e alertou que a posição do governo provocará paralisações também entre os funcionários da Saúde e da Polícia Civil.
Raul Marcelo, líder do PSOL, lembrou que José Serra foi membro do movimento estudantil, exilou-se no Chile, lá terminou seus estudos e voltou ao Brasil PhD, além de ter sido assessor econômico da Apeoesp quando Maluf foi governador. "Infelizmente, não causa espanto as pessoas mudarem de lado".
Adriano Diogo (PT) criticou artigo do secretário Paulo Renato, na Folha de S. Paulo, pelo tom de "ameaça desesperada", ao afirmar que haverá redução do bônus anual aos que aderirem à greve.
Vanderlei Siraque, vice-líder do PT, afirma que a abertura de negociações com o governo está nas mãos da maioria (dos deputados da Assembleia). "Não existe política pública na educação sem os recursos humanos da educação".
Olimpio Gomes (PDT) solidarizou-se com o movimento que, para ele, deve continuar: "Há um apavoramento do tucanato nacional", disse, referindo-se a possíveis arranhões na imagem de Serra em todo o país.
Simão Pedro (PT): "Esta greve é culpa da incompetência e da instransigência do governo". Ele pediu a intermediação de Barros Munhoz junto ao Palácio.
Enio Tatto (PT) agradeceu a posição de Barros Munhoz que manteve a audiência mesmo sem a presença dos secretários de Estado.
Solicitada mais uma vez audiência com Paulo Renato
Os presidentes das entidades do magistério (APEOESP, APASE, APAMPESP, CPP e UDEMO) estiveram na manhã de hoje, 23 de março, na Secretaria da Educação para protocolar novo pedido de audiência para negociação em torno das reivindicações que motivaram a greve da categoria.
Foram recebidos pelo Chefe de Gabinete, Fernando Padula, que protocolou o documento e ouviu as solicitações das entidades, reiteradas pelos seus presidentes.
As entidades rebateram as afirmações do secretário da Educação de que não havia sido procurado para negociar. Lembraram ao chefe de gabinete as diversas ocasiões nas quais conjunta e individualmente as entidades solicitaram a negociação, antes e durante a greve. Em 2010 foram protocolados pelo menos três ofícios: 19/01, 16/03,23/03.
Durante a reunião a APEOESP e demais entidades do magistério reafirmaram seu desacordo quanto às avaliações excludentes (leis 1093 e 1097 de 2009), quanto à política de gratificação e bônus, a discriminação aos aposentados e à forma como a governo vem tratando a nossa greve.
Finalmente, solicitaram o agendamento de negociação ainda no dia de hoje, 23/03. O chefe de gabinete comprometeu-se a levar a solicitação ao secretário da Educação.
Somente mantendo nossa greve forte em todo o estado conseguiremos a abertura das negociações.
segunda-feira, 22 de março de 2010
APOIO AOS PROFESSORES
MOÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES DE SÃO PAULO
Brasília (DF) 19 de março de 2010
Senhor José Serra
Governador de São Paulo
Senhor Paulo Renato de Souza
Secretário de Educação de São Paulo
Prezados Senhores
A Internacional da Educação (IE), federação sindical mundial que representa mais de 35 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em educação, presente em 173 países por meio de 402 organizações associadas, sendo a CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação no Brasil, manifesta irrestrito apoio à greve dos professores do ensino oficial do Estado de São Paulo.
A IE entende que o movimento é legítimo diante da situação e condições enfrentadas pelos professores nas escolas do estado, e aproveita a oportunidade para expressar preocupação diante da intransigência do governo em negociar com o movimento grevista. Isso demonstra a falta de vontade política por parte do governo para uma solução à greve.
Nesse sentido, a Internacional da Educação expressa solidariedade com as justas demandas da APEOESP relativas à reposição salarial e demais reivindicações, que objetivam a valorização profissional e carreira digna aos professores.
Assim, a IE espera que seja encaminhada, com urgência, uma proposta concreta para as reivindicações da categoria, com o intuito de por fim o mais breve possível à greve e promover a educação pública de qualidade, com dignidade e reconhecimento profissional aos educadores e educadoras de São Paulo.
Atenciosamente,
Juçara Dutra Vieira
Vice-presidente da IE
Brasília (DF) 19 de março de 2010
Senhor José Serra
Governador de São Paulo
Senhor Paulo Renato de Souza
Secretário de Educação de São Paulo
Prezados Senhores
A Internacional da Educação (IE), federação sindical mundial que representa mais de 35 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em educação, presente em 173 países por meio de 402 organizações associadas, sendo a CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação no Brasil, manifesta irrestrito apoio à greve dos professores do ensino oficial do Estado de São Paulo.
A IE entende que o movimento é legítimo diante da situação e condições enfrentadas pelos professores nas escolas do estado, e aproveita a oportunidade para expressar preocupação diante da intransigência do governo em negociar com o movimento grevista. Isso demonstra a falta de vontade política por parte do governo para uma solução à greve.
Nesse sentido, a Internacional da Educação expressa solidariedade com as justas demandas da APEOESP relativas à reposição salarial e demais reivindicações, que objetivam a valorização profissional e carreira digna aos professores.
Assim, a IE espera que seja encaminhada, com urgência, uma proposta concreta para as reivindicações da categoria, com o intuito de por fim o mais breve possível à greve e promover a educação pública de qualidade, com dignidade e reconhecimento profissional aos educadores e educadoras de São Paulo.
Atenciosamente,
Juçara Dutra Vieira
Vice-presidente da IE
“Creio no valor supremo do indivíduo e no seu direito à vida, à liberdade e à procura da felicidade.
Creio que a cada direito corresponde uma responsabilidade; a cada oportunidade, uma obrigação; a cada concessão, um dever.
Creio que a lei foi feita para o homem e não o homem para a lei, que o Governo é o servidor do povo e não seu dono.
Creio na dignidade do trabalho - seja ele feito com a mão ou com a cabeça -, que o mundo não deve uma subsistência a ninguém, mas deve assegurar a cada um a possibilidade de ganhar o seu sustento.”
John D. Rockfeller, Credo.
Creio que a cada direito corresponde uma responsabilidade; a cada oportunidade, uma obrigação; a cada concessão, um dever.
Creio que a lei foi feita para o homem e não o homem para a lei, que o Governo é o servidor do povo e não seu dono.
Creio na dignidade do trabalho - seja ele feito com a mão ou com a cabeça -, que o mundo não deve uma subsistência a ninguém, mas deve assegurar a cada um a possibilidade de ganhar o seu sustento.”
John D. Rockfeller, Credo.
domingo, 21 de março de 2010
LEI QUE REGULAMENTA A GREVE!
LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989.
Dispõe sobre o exercício do direito de greve, define as atividades essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Parágrafo único. O direito de greve será exercido na forma estabelecida nesta Lei.
Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.
Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.
Parágrafo único. A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.
Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembléia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços.
§ 1º O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o quorum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve.
§ 2º Na falta de entidade sindical, a assembléia geral dos trabalhadores interessados deliberará para os fins previstos no "caput", constituindo comissão de negociação.
Art. 5º A entidade sindical ou comissão especialmente eleita representará os interesses dos trabalhadores nas negociações ou na Justiça do Trabalho.
Art. 6º São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:
I - o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve;
II - a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento.
§ 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.
§ 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.
§ 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.
Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.
Art. 8º A Justiça do Trabalho, por iniciativa de qualquer das partes ou do Ministério Público do Trabalho, decidirá sobre a procedência, total ou parcial, ou improcedência das reivindicações, cumprindo ao Tribunal publicar, de imediato, o competente acórdão.
Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento.
Parágrafo único. Não havendo acordo, é assegurado ao empregador, enquanto perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários a que se refere este artigo.
Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;
II - assistência médica e hospitalar;
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV - funerários;
V - transporte coletivo;
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII - telecomunicações;
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X - controle de tráfego aéreo;
XI compensação bancária.
Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
Parágrafo único. São necessidades inadiáveis, da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.
Art. 12. No caso de inobservância do disposto no artigo anterior, o Poder Público assegurará a prestação dos serviços indispensáveis.
Art. 13 Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação.
Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que:
I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;
II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.
Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal.
Parágrafo único. Deverá o Ministério Público, de ofício, requisitar a abertura do competente inquérito e oferecer denúncia quando houver indício da prática de delito.
Art. 16. Para os fins previstos no art. 37, inciso VII, da Constituição, lei complementar definirá os termos e os limites em que o direito de greve poderá ser exercido.
Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (lockout).
Parágrafo único. A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período de paralisação.
Art. 18. Ficam revogados a Lei nº 4.330, de 1º de junho de 1964, o Decreto-Lei nº 1.632, de 4 de agosto de 1978, e demais disposições em contrário.
Art. 19 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 28 de junho de 1989; 168º da Independência e 101º da República.
JOSÉ SARNEY
Oscar Dias Corrêa
Dorothea Werneck
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 29.6.1989
sábado, 20 de março de 2010
Passeata na Paulista
Quando cheguei a Avenida Paulista estava parcialmente tomada pela multidão de educadores guerreiros que não se calam e não aceitam os desmandos do governo Serra.
Alguns minutos depois toda a Avenida Paulista estava tomada, totalmente fechada e repleta de docentes! Mais uma vez paramos o centro financeiro de São Paulo para protestar o que estamos sofrendo nas escolas públicas paulista.
Além de ocupar toda a Paulista, o vão livre do MASP estava todo preenchido de guerreiros e grandes educadores que não se curvam diante as ameaças dos diretores, supervisores e de toda a Diretoria de Ensino que está do lado do governo e contra a classe.
Saímos em passeata pela grande avenida, recebendo o apoio da população paulista que nos aplaudiam e demonstravam apoio ao nosso movimento. O espaço aéreo da grande avenida foi fechado para as redes de televisão não mostrar toda aquela multidão que manifestavam por direitos justos e por uma educação de qualidade, apenas o helicóptero da polícia militar sobrevoava a região.
Aos gritos de "A greve continua! Serra, a culpa é sua!" seguimos rumo à Rua Consolação, com destino à Praça da República, a praça da educação pública paulista! Uma multidão que entoavam gritos de respeito e dignidade pelo magistério paulista!
Tomamos conta da Consolação e a Paulista ainda continuava repleta de professores e mesmo assim as grandes redes de televisão noticiava que éramos apenas 8 mil! Poucos docentes não iriam fechar o centro financeiro de São Paulo e estender por toda a Consolação, já entendemos que o governo compra a mídia e faz dela o que bem quer! A Rede Globo se esquiva e se abstém da realidade, não informa a população sobre a grande massa que dominava o centro paulistano.
Quando chegamos no final da Consolação, um momento lindo, inesquecível a todos que estavam presentes neste movimento pacífico, em defesa da qualidade na educação e pelo reconhecimento do professor. Os mais de 60 mil educadores entoaram o hino nacional brasileiro, um coro que o governo não cala e não compra com a política vergonhosa e miserável do bônus.
Cantamos o nosso hino e demonstramos mais uma vez o nosso compromisso com a nação e com a dignidade da nossa profissão. Jamais nos curvaremos a um governo ditador, que se recusa a negociar com o funcionalismo, um governo que compra a mídia e a faz divulgar apenas o que lhe convém. Não é amordaçando os meios de comunicação que este governo vai conseguir vitória, ele já está reprovado por todas as mazelas que vem fazendo em São Paulo.
Sou professor e não vou me calar diante as ameaças, estou na greve e vou até o fim!
60 mil decidem: a greve continua!
A META É 100% DOS PROFESSORES PARADOS E 100 MIL NO PALÁCIO DOS BANDEIRANTES
CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO:
Dias 22: comando de greve deve intensificar visita a escolas
Dia 23: uma comissão irá à Secretaria da Educação, às 16 horas, para protocolar um novo pedido de audiência com o secretário de Educação. Professores da Capital e Grande São Paulo devem participar do evento
Dia 24: realização dos pedágios,com panfletagem
Dia 25: assembleias regionais
Dia 26: assembleia estadual no Palácio dos Bandeirantes, a partir das 15 horas
quinta-feira, 18 de março de 2010
Passeata - Americana/Santa Bárbara d'Oeste
A APEOESP realizou na tarde desta quinta-feira (18/03/2010), uma passeata com os docentes da região!
A carreata saiu da sub-sede na Avenida São Jerônimo em Americana; seguindo rumo à zona leste barbarense e finalizando com um ato na praça central de Santa Bárbara d'Oeste.
Muitos professores presentes no ato que contou também com o apoio do Movimento da Agricultura Familiar.
Após as falas dos representantes da sub-sede de Americana, em votação unânime decidiram pela manutenção da greve!
Amanhã, dia 19 de março de 2010, os professores realizarão um ato público no vão livre do MASP, onde decidirão os próximos rumos da greve estadual.
Pela melhora verdadeira da educação estadual
TENDÊNCIAS E DEBATES – Folha de S. Paulo – 18/03/2010
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA
O ARTIGO “‘Melhora sutil’” (“Tendências/Debates”, 4/3), do secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza, tenta transformar os resultados do Saresp em indicador da melhoria da qualidade do ensino. Mas educadores e especialistas concordam que os resultados da avaliação foram “pífios” ou, quando muito, “insuficientes”.
Os investimentos em educação vêm caindo ano a ano no Estado de São Paulo. Em 2009, o governo estadual deixou de gastar R$ 360 milhões no setor educacional. Neste ano, não há previsão de reajuste salarial para o magistério.
Todo profissional precisa ser bem remunerado, ter carreira justa, condições de trabalho e jornada de trabalho adequada. Por que no caso dos professores seria diferente?
A greve que realizamos neste momento busca o atendimento dessas reivindicações. Nossos salários estão defasados e precisam ser reajustados em 34,3% para recuperar o poder de compra de março de 1998.
O secretário tenta comparar o incomparável ao dizer que, se um aumento de 5% no PIB nunca seria considerado “sutil”, o aumento do Idesp (indicador criado a partir do Saresp) deveria ser comemorado.
Como economista, o secretário deveria perceber que a comparação é descabida. Não há equivalência entre o crescimento do PIB, que mede as riquezas materiais produzidas pela nação, com os resultados do processo ensino-aprendizagem.
Para nós, os resultados de avaliações não são absolutos nem totalmente quantificáveis. O principal resultado da educação é a formação de cidadãos e cidadãs. O ser humano deve ser o centro do processo educativo.
As avaliações são importantes instrumentos para a localização dos problemas e das potencialidades de cada aluno, classe, equipe, escola e do sistema como um todo. Ajudam a rever métodos, readequar conteúdos e direcionar atenção e recursos aos elos mais frágeis.
Mas seus resultados estão condicionados por um conjunto de fatores que inter-relacionam e precisam ser considerados em qualquer avaliação. Pela forma como o governo lê os resultados das avaliações, a gestão educacional nada tem a ver com eles. As autoridades educacionais, assim, isentam-se de responsabilidade.
O secretário diz que “os professores são vítimas de um sistema de formação docente que privilegia o teórico e o ideológico em detrimento do conteúdo e da didática”. Por que, então, a prova aplicada aos professores temporários foi focada na aferição de conhecimentos teóricos e não avaliou a prática pedagógica? Não acreditamos em teoria sem prática nem em prática sem teoria.
É também por meio de uma prova de conhecimentos que o governo define quais professores terão direito a reajuste salarial, ainda assim limitando a “até” 20% da categoria. O governo bate na tecla da má formação dos professores. Por que não promove, então, programas de formação continuada no local de trabalho durante a jornada do professor? Por que se opõe à destinação de um terço da jornada de trabalho para atividades de formação e atualização da categoria? Por que aplica apenas o mínimo (20%) definido para essa finalidade pelas diretrizes nacionais, enquanto a capital, por exemplo, destina 33% da jornada para tal fim? Além disso, os cursos promovidos pela secretaria são insuficientes e restritivos.
Não aceitamos a afirmação de que nossas posições têm motivações eleitorais. As ações da Apeoesp são determinadas pelas representações em todas as regiões do Estado. A greve é deliberada por pessoas que, nesse sentido, assumem uma posição política.
Sou presidenta do maior sindicato da América Latina, não sou candidata a nenhum cargo nas eleições de outubro, mas, como cidadã, não tenho o direito a preferência partidária? O governador, sim, é candidato.
Por que o governador e o secretário podem ser vinculados a uma organização partidária, o PSDB, e o restante da população não pode? Paulo Freire dizia que não existe neutralidade na educação. A própria neutralidade é, na verdade, uma posição política diante da realidade.
O que importa, mesmo, é saber se a educação estadual, hoje, corresponde às necessidades da população. É aceitável que os professores estaduais tenham salários tão baixos e condições de trabalho tão ruins para cumprir uma das funções mais importantes na nossa sociedade?
Lançamos aqui um desafio ao secretário: promova a reposição do poder de compra dos nossos salários e nos dê um tempo. O senhor e toda a população verão que a educação vai melhorar -e muito.
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA é presidenta da Apeoesp (sindicato dos professores da rede estadual) e membro do Conselho Nacional de Educação.
Justiça não proibe ato na Paulista
18/03/2010 - 18h52
Justiça nega pedido do Ministério Público para proibir ato de professores na Paulista nesta sexta
Simone Harnik
Em São Paulo
A Justiça negou o pedido do Ministério Público do Estado para proibir o ato de professores na avenida Paulista, que ocorrerá nesta sexta-feira (19), a partir das 14h. O MPE alegava que a manifestação causará transtornos à circulação de pessoas na região, impedindo o direito de ir e vir. Na última sexta (12), a avenida foi fechada durante o protesto de docentes.
De acordo com a decisão do juiz da 20ª Vara Cível, Flávio Abramovici, é obrigação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Polícia Militar zelarem para que a circulação de pessoas não vire caos.
Segundo a sentença, o MPE tem de adotar as providências cabíveis a fim de que a PM e a CET adotem "os meios necessários (inclusive força) para que a manifestação não cause qualquer transtorno ao trânsito desta capital".
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) decidiu entrar em greve no dia 5 de março. Nesta quinta-feira, segundo a entidade, 78% da categoria paralisou as atividades no interior. Na grande São Paulo, o sindicato diz que o movimento atingiu 60% dos professores; na capital, 50%.
O governo do Estado afirmou ter cortado os salários dos servidores em greve e tem minimizado as manifestações.
Reivindicações
De acordo com a Apeoesp, o movimento "busca reforçar a luta da categoria pelo atendimento das reivindicações na defesa da dignidade profissional".
Entre as principais bandeiras dos professores estão: reajuste salarial de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; fim de avaliações para temporários; e realização de concursos públicos para a efetivação dos docentes.
A rede de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação.
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/03/18/justica-nega-pedido-do-ministerio-publico-para-proibir-ato-de-professores-na-paulista-nesta-sexta.jhtm 18/março/2010
Justiça nega pedido do Ministério Público para proibir ato de professores na Paulista nesta sexta
Simone Harnik
Em São Paulo
A Justiça negou o pedido do Ministério Público do Estado para proibir o ato de professores na avenida Paulista, que ocorrerá nesta sexta-feira (19), a partir das 14h. O MPE alegava que a manifestação causará transtornos à circulação de pessoas na região, impedindo o direito de ir e vir. Na última sexta (12), a avenida foi fechada durante o protesto de docentes.
De acordo com a decisão do juiz da 20ª Vara Cível, Flávio Abramovici, é obrigação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Polícia Militar zelarem para que a circulação de pessoas não vire caos.
Segundo a sentença, o MPE tem de adotar as providências cabíveis a fim de que a PM e a CET adotem "os meios necessários (inclusive força) para que a manifestação não cause qualquer transtorno ao trânsito desta capital".
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) decidiu entrar em greve no dia 5 de março. Nesta quinta-feira, segundo a entidade, 78% da categoria paralisou as atividades no interior. Na grande São Paulo, o sindicato diz que o movimento atingiu 60% dos professores; na capital, 50%.
O governo do Estado afirmou ter cortado os salários dos servidores em greve e tem minimizado as manifestações.
Reivindicações
De acordo com a Apeoesp, o movimento "busca reforçar a luta da categoria pelo atendimento das reivindicações na defesa da dignidade profissional".
Entre as principais bandeiras dos professores estão: reajuste salarial de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; fim de avaliações para temporários; e realização de concursos públicos para a efetivação dos docentes.
A rede de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação.
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/03/18/justica-nega-pedido-do-ministerio-publico-para-proibir-ato-de-professores-na-paulista-nesta-sexta.jhtm 18/março/2010
Apeoesp faz abaixo-assinado por apoio
Apeoesp faz abaixo-assinado por apoio
Entidade quer reunir entre 80 e 90 professores na passeata de hoje
Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do estado de São Paulo) iniciou ontem abaixo-assinado em frente ao terminal, em busca de apoio da população para a greve dos professores que entra amanhã em seu 9º dia. Foram coletadas aproximadamente 400 assinaturas. Movimento continua hoje.
A diretora regional da entidade, Carmem Urquiza, afirmou que professores filiados ao órgão explicavam à população o motivo da greve. Questionada se todos signatários sabiam porque assinavam, a diretora se explicou: “acho que os que estão assinando talvez não saibam a razão porque assinam, mas é importante para nós”, diz.
Hoje, se acordo com a Apeoesp, aproximadamente 70% das escolas estavam paradas, na semana passada a entidade falava em 80%.
Hoje será realizada passeata que sairá da frente da sub-sede regional da Apeoesp e irá até o terminal de ônibus. Urquiza explica a passeata visa conscientizar a população e pressionar o Governo a começar a negociar.
http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/80573/Apeoesp-faz-abaixo-assinado-por-apoio 18/MARÇO/2010
Entidade quer reunir entre 80 e 90 professores na passeata de hoje
Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do estado de São Paulo) iniciou ontem abaixo-assinado em frente ao terminal, em busca de apoio da população para a greve dos professores que entra amanhã em seu 9º dia. Foram coletadas aproximadamente 400 assinaturas. Movimento continua hoje.
A diretora regional da entidade, Carmem Urquiza, afirmou que professores filiados ao órgão explicavam à população o motivo da greve. Questionada se todos signatários sabiam porque assinavam, a diretora se explicou: “acho que os que estão assinando talvez não saibam a razão porque assinam, mas é importante para nós”, diz.
Hoje, se acordo com a Apeoesp, aproximadamente 70% das escolas estavam paradas, na semana passada a entidade falava em 80%.
Hoje será realizada passeata que sairá da frente da sub-sede regional da Apeoesp e irá até o terminal de ônibus. Urquiza explica a passeata visa conscientizar a população e pressionar o Governo a começar a negociar.
http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/80573/Apeoesp-faz-abaixo-assinado-por-apoio 18/MARÇO/2010
Aumenta em Rio Claro adesão à greve
Segundo balanço divulgado pela Apeoesp- Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, 50% dos professores das 22 escolas da rede pública de Rio Claro estão parados nesta quinta-feira. Ontem o índice era de 45%. Professores da escola José Fernandes em Ajapi aderiram ao movimento hoje. Amanhã devem parar também os professores da escola Joaquim Ribeiro.
http://www.canalrioclaro.com.br/index1.php?s=news&idnews=6702 18/MARÇO/2010
http://www.canalrioclaro.com.br/index1.php?s=news&idnews=6702 18/MARÇO/2010
Professores fazem passeata em Ribeirão Preto
Em mais um dia de protestos, professores fazem passeata em Ribeirão Preto
A greve dos professores de escolas estaduais continua e nesta quarta-feira (17) aconteceu mais uma passeata da categoria. Aproximadamente 500 professores estiveram na passeata que saiu da escola Cônego Barros e terminou na esplanada do Theatro Pedro II. O objetivo é pressionar o Governo do Estado a negociar o pedido de aumento de 34,33% da categoria.
Segundo dados da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), pelo menos 80 % das escolas estão em greve parcial. Na próxima sexta-feira (19), os professores devem seguir em caravana para uma assembléia estadual na avenida Paulista.
Já a Secretaria de Estado da Educação continua afirmando que o movimento atingiu apenas 1% das escolas. Ainda segundo a entidade, a pauta de reivindicações é contrária aos interesses dos próprios professores.
Fonte: Ribeirão Preto Online
http://www.ribeiraopretoonline.com.br/politica-local/em-mais-um-dia-de-protestos-professores-fazem-passeata-em-ribeirao-preto/34642 18/MARÇO/2010
A greve dos professores de escolas estaduais continua e nesta quarta-feira (17) aconteceu mais uma passeata da categoria. Aproximadamente 500 professores estiveram na passeata que saiu da escola Cônego Barros e terminou na esplanada do Theatro Pedro II. O objetivo é pressionar o Governo do Estado a negociar o pedido de aumento de 34,33% da categoria.
Segundo dados da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), pelo menos 80 % das escolas estão em greve parcial. Na próxima sexta-feira (19), os professores devem seguir em caravana para uma assembléia estadual na avenida Paulista.
Já a Secretaria de Estado da Educação continua afirmando que o movimento atingiu apenas 1% das escolas. Ainda segundo a entidade, a pauta de reivindicações é contrária aos interesses dos próprios professores.
Fonte: Ribeirão Preto Online
http://www.ribeiraopretoonline.com.br/politica-local/em-mais-um-dia-de-protestos-professores-fazem-passeata-em-ribeirao-preto/34642 18/MARÇO/2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Professores estaduais protestam em Araraquara
Nas 3 maiores cidades da região, 63 escolas estão sem aulas há mais de uma semana
Professores em greve da rede pública fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (17), na Praça Santa Cruz, em Araraquara. Nas três maiores cidades da região Central do Estado de São Paulo, 63 escolas estão sem aulas há mais de uma semana.
Alunos de 10 escolas estão sem aulas em Araraquara. No protesto, os educadores distribuíram panfletos para explicar os motivos da greve. O sindicato tem várias reivindicações, entre elas, reajuste salarial de 34,3% e incorporação das gratificações.
Em São Carlos, 40 escolas estão paradas. Em Rio Claro, alunos de 13 escolas estão sem aulas.
A Secretária Estadual da Educação informou que não vai negociar com os professores e que a adesão da greve é de apenas 1%. Além disso, comunicou que os professores em greve estão recebendo faltas.
http://eptv.globo.com/noticias/noticias_interna.aspx?291907 17/MARÇO/2010
Professores em greve da rede pública fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (17), na Praça Santa Cruz, em Araraquara. Nas três maiores cidades da região Central do Estado de São Paulo, 63 escolas estão sem aulas há mais de uma semana.
Alunos de 10 escolas estão sem aulas em Araraquara. No protesto, os educadores distribuíram panfletos para explicar os motivos da greve. O sindicato tem várias reivindicações, entre elas, reajuste salarial de 34,3% e incorporação das gratificações.
Em São Carlos, 40 escolas estão paradas. Em Rio Claro, alunos de 13 escolas estão sem aulas.
A Secretária Estadual da Educação informou que não vai negociar com os professores e que a adesão da greve é de apenas 1%. Além disso, comunicou que os professores em greve estão recebendo faltas.
http://eptv.globo.com/noticias/noticias_interna.aspx?291907 17/MARÇO/2010
Serra é hostilizado por professores
FRANCISCO MORATO, São Paulo (Reuters) - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), provável candidato à sucessão presidencial, foi hostilizado nesta quarta-feira por um grupo de professores que manifestava em frente à escola técnica de Franscico Morato, inaugurada nesta tarde pelo tucano.
Serra chegou ao interior da escola muito aplaudido, mas parte do grupo de professores conseguiu entrar. Os professores, que estão em greve desde 8 de março por melhores salários, vestiam camisetas da greve e portavam faixas contra o governador.
No fim de seu discurso, enquanto visitava algumas salas de aula, os manifestantes chegaram a entoar um "Dilma Presidente".
Ao sair da escola no carro oficial, houve tumulto de grevistas, que trocaram socos e pontapés com a segurança do governo do Estado. A polícia precisou intervir para apartar a briga. Uma pessoa chegou a atirar um ovo contra o carro de Serra.
(Reportagem de Natuza Nery)
http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=23666263 17/MARÇO/2010
O governo quer calar a voz dos professores
A sociedade não vai permitir!
Nós, professores, somos a única categoria profissional que está em contato direto com grande parte da população, pais e alunos, durante 200 dias letivos, todos os anos. Mas o governo do Estado de São Paulo quer calar a nossa voz. Quer cassar o nosso direito de lutar por melhores salários e condições de vida, para podermos oferecer um ensino de melhor qualidade aos nossos alunos.
Estamos em greve. Mas, antes, insistimos muito para que ouvissem nossas reivindicações salariais e profissionais. Fomos ignorados.
Como trabalhadores e cidadãos, temos necessidades que precisam ser supridas pelos nossos salários. Mas, como isto é possível se, em São Paulo, se paga um dos piores salários do Brasil, menores que em estados como Amazonas, Acre, Maranhão, Mato Grosso do Sul e outros?
Por mais que sejam necessários investimentos na infra-estrutura das escolas - e estes têm sido insuficientes - se não forem atendidas as necessidades das pessoas que nela estudam e trabalham, o processo educativo não atingirá seus objetivos.
Recebemos salários muito baixos. Os professores PEB I, que alfabetizam seus filhos e ministram aulas nos primeiros quatro anos do ensino fundamental, recebem R$ 6,55 por hora-aula. Os demais professores, PEB II, recebem R$ 7,58 por hora-aula. Para melhorar seu salário eles têm que trabalhar mais de 64 horas-aula por semana. Além disto, convivemos com situações de violência nas escolas e temos péssimas condições de trabalho.
Entretanto, o governo não abre negociação, nem faz uma contraproposta à reivindicação salarial. O governo só admite reajuste para, no máximo, 20% de todos os professores, que seriam os que obtivessem as notas mais elevadas em uma prova. Ou seja, 80% deles não terão nenhuma melhoria.
Em greve, estamos sendo vítimas de muitas pressões e desmandos. Mas não vamos recuar, porque nossa luta é justa e temos recebido muitas manifestações de apoio e, quanto mais apoio, mais condições para que o governo negocie conosco e a greve se encerre.
Não adianta o governo dizer que é só 1% de paralisação. Todos podem ver as escolas paradas ou esvaziadas pela greve. Todos viram mais de 40 mil profissionais da educação na assembleia realizada do dia 12 de março, na Avenida Paulista, quando decidimos dar continuidade à paralisação.
Precisamos do apoio de todos e todas. Nossa retribuição à sociedade virá com mais qualidade de ensino nas escolas estaduais.
Portal da Fundação Perseu Abramo
O governo quer calar a voz dos professores
publicado em 16/03/2010
Maria Izabel Azevedo Noronha é presidenta da APEOESP e membro do Conselho Nacional de Educação
terça-feira, 16 de março de 2010
Greve dos professores
A greve dos professores da rede pública estadual paulista é um fato verídico que o governo contesta!
A estupidez de um governador tem limite e aqui em São Paulo já ultrapassou todos os níveis aceitáveis, até quando vamos tolerar esses ataques? Somos membros de um dos maiores sindicatos da América da Latina e mesmo assim nossa voz na surte efeito nos ouvidos dos governantes, está faltando a união, uma voz que grita o mesmo som, um por todos e todos por um! O professor em muitos casos acaba sendo egoísta, pensa somente em si, é tão comum em dia de paralisação professor querer abonar, doar sangue ou dar falta médica na intenção de dizer que aderiu a paralisação, é nojento ver colegas fazerem isso. Sem falar naqueles que vão substituir os que estão parados! É revoltante, é asqueroso um grupo parar em defesa dos direitos de todos enquanto outros professores estão substituindo os nas escolas. Afinal que classe é essa? Que se vende por míseros do bônus, vão a televisão e falam bem de um governo que só nos faltam crucificar porque o mais ele já nos fez.
Reunidos dia 05 de março de 2010 na Praça da República em São Paulo, deflagramos greve por tempo indeterminado em decorrência das muitas mazelas que estamos sofrendo, somos vítimas de um governo opressor que está acabando com a educação pública paulista!
No dia 05 de março estávamos em mais de dez mil profissionais reunidos por esta causa, o governo não aprendeu a fazer conta e disse que havia apenas mil pessoas. Os grandes meios de comunicação paulista também limitou-se a divulgar apenas o que convém ao governo e sequer publicou uma nota falando sobre o nosso movimento.
Buscamos o apoio de nossos alunos e sabemos que conseguimos porque eles conhecem a nossa realidade, eles vivenciam o estado calamitoso em que se encontram a nossa situação trabalhista. Nossos docentes questionam as propagandas divulgadas nos meios de comunicação que apontam uma escola dos sonhos, algo surreal e jamais visto em São Paulo.
Os meus alunos sabem que eu não ganho 15 mil de bônus, sabem o valor da aula que ministro, sabem que também não possuo transporte e vou a pé para a escola, são conscientes que fui classificado como categoria O e terei que cumprir um gancho de 200 dias sem poder ministrar aulas, eles conhecem a verdade e não se deixam enganar por propaganda enganosa e mentirosa. Eu como um profissional da educação faço questão de desenvolver e estimular o senso crítico dos meus alunos para que eles saibam cobrar, questionar e formar opiniões, perguntar sobre tudo o que julgarem duvidoso.
O governo não cumpre a data base estipulada por lei e cria milhares de avaliações excludentes com o intuito primordial de achincalhar e humilhar os servidor público. Simplesmente condicionou o nosso reajuste salarial a uma estúpida prova onde somente os 20% melhores do estado vão conseguir aumento se houver dinheiro em caixa e os demais continuam a míngua.
A nossa greve não tem por objetivo apenas um reajuste, ela está embasada em vários outros pontos importantes e a luta é de todos. Somos xingados e ofendidos de vagabundo e outras palavras de baixo calão, mas poucos conhecem o que de fato estamos enfrentando.
Não temos medo das represálias que muitos falam que vamos sofrer! Basta! Vamos à luta, pois a nossa causa é justa e moral, não estamos reclamando de barriga cheia, estamos descontentes com os rumos em que estão seguindo a nossa profissão. A greve é o último recurso que o trabalhador tem contra o empregador que não os atende e não cumpre o que determina a lei.
“Aos inconformados, aos que ousam contestar, desafiar ou até enfrentar a autoridade estabelecida; aos revolucionários; aos que se põem no rumo do além dos preconceitos e do ‘natural das coisas’, é a estes que a humanidade deve o seu progredir.
Os que destas lutas fazem o seu dia-a-dia é que são imprescindíveis.
Os que, além disto, sabem dos inúmeros pequenos passos e tropeços de que se fazem os caminhos – e não se rendem – são ainda melhores “. (autor desconhecido).
Eu acredito na luta do professorado, dia 12 de março estaremos todos no vão livre do MASP em São Paulo, eu acredito no poder que temos, somos formadores de opinião e se queremos algo devemos lutar e resistir com bravura.
sábado, 13 de março de 2010
PASSEATA NA AV. PAULISTA
Reajuste de 34,3% já!
Salário, emprego, carreira, sim!
Provinha e provão, não!
Cerca de 40 mil professores reunidos em assembleia na sexta-feira, 12, decidiram dar continuidade à greve deflagrada no dia 5 de março. Os professores tomaram todo o vão livre do MASP e as duas pistas da avenida Paulista, desmoralizando a versão propagada pelo governo Serra e setores da mídia de que a greve teria atingido apenas 1% dos professores. Informes das subsedes durante a realização da reunião do Conselho Estadual
de Representantes garantiram que 80% dos professores de todo o Estado paralisaram suas atividades. Logo após a assembleia, os grevistas dirigiram-se, em passeata, até a Praça
da República.
A GREVE CONTINUA! SERRA, A CULPA É SUA!
quinta-feira, 11 de março de 2010
Passeata em Americana
Professores Estaduais de Santa Bárbara d'Oeste, Americana e Nova Odessa realizaram hoje (11/março/2010) uma passeata em defesa do movimento grevista deflagrado na última sexta-feira em assembleia realizada na Praça da República em São Paulo.
A Rede Globo não divulga mas eu divulgo!
Greve em São Paulo antecipa disputa eleitoral
08/03 - 16:02
Marcelo Diego, iG São Paulo
No mesmo mês em que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ensaia sua saída do posto para se colocar como candidato da oposição à Presidência da República, servidores públicos estaduais iniciam greves e ameaçam novas paralisações, num movimento visto pelo Palácio dos Bandeirantes como o acirramento antecipado da disputa eleitoral.
sábado, 6 de março de 2010
Paralisação
A única maneira de dialogar com o governo de São Paulo é apelar pelo estado de greve garantido pela Constituição Federal no artigo 9º.
Há dezesseis anos no comando do governo de São Paulo, o PSDB só tem afundado a cada dia a educação publica paulista, todo dia apresenta uma lei ou decreto que simplesmente tem por objetivo primordial a decadência do ensino e o desrespeito ao docente!
O governo ignora os sindicatos legalmente constituídos e apresentam projetos sem ao menos consultar aqueles que são os responsáveis pelo ensino de nossas crianças e jovens. Gasta dinheiro com propaganda na divulgação de resultados superficiais que não atestam a realidade encontrada nas escolas publicas estaduais. Os atuais índices do IDESP confirmam o estado de calamidade em que se encontram as unidades escolares.
Um governo chantagista que compra os professores com o pagamento de bônus, enganando pobres docentes iludidos por um mísero acréscimo em seu salário, uma enganação total! Utiliza-se do bônus para não aplicar o devido aumento aos nossos salários, o governo se esquiva de não querer reparar as nossas perdas salariais.
Com o intuito de não conceder aumento criou-se a prova de promoção por mérito, onde condiciona os reajustes salariais a condição de ser aprovado nesta prova estadual, porém, somente 20% dos melhores de todo o estado receberão aumento, isso se houver dinheiro disponível. Agora com o anúncio desta paralisação marcada para o dia 05/03, o governo vem com uma conversa de querer incorporar gratificação, fugindo mais uma vez da responsabilidade de propor reajuste salarial.
O professor consciente precisa aderir a esta paralisação, não há outro meio de acordo! Percebam o quanto já fomos humilhados e o quanto ainda seremos, vamos à luta, reajam e mostre que o nosso papel é de suma importância na sociedade. Basta ser egoísta e pensar em si, vamos pensar na classe docente nem discriminar as categorias, somos todos professores, independente de ser efetivo, estável, ofa F, ofa L, categoria O, eventual, etc... Enquanto a gente aceitar passivamente, calados, impotentes as mazelas e as loucuras que este governo faz nada vai mudar!
Seja consciente e vamos mostrar que podemos paralisar um estado inteiro, basta querer! Se você é eventual não substitua professor paralisado, não estrague a luta que estamos construindo por melhorias que se estenderão a todos!
“(...) O professor neste dia está parado, nesse imenso país a protestar, estamos todos cansados de ensinar e de ver o salário achatado. A economia e o animo está minguado, estamos hoje nas ruas da cidade, merecemos salários de verdade, não esse piso sem eira e sem valor...” Valdenir Linhares Cruz.
Essa é a hora de reivindicar reajuste salarial e exigir respeito!
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