Ano novo, as esperanças se renovam de um mundo melhor, das coisas ruins serem abolidas, extintas e fazer nascer o bem, o melhor, mas a nossa tão sofrida educação continua deixada de lado e com tantos absurdos.
Começamos o ano tão mal, não poderia ser pior. O “Programa Escola da Família”, implantado durante a gestão do governador Geraldo Alckmin foi cortado praticamente pela metade, a redução foi um massacre. Não acredito na idéia de que ouve critérios para fechar determinada escola em detrimento de outras, um exemplo é o populoso bairro Jardim Europa em Santa Bárbara d`Oeste que ficou sem nenhuma escola aberta no fim de semana, para onde irão todos esses jovens ociosos, sem opções de lazer? Infelizmente terão que se deslocar até a EE Profª Maria José de Margatto Brocatto ou para a EE Profª Niomar Aparecida de Mattos Gobbo Amaral Gurgel que são as duas “mais próximas”.
Esse “corte” mostra o quanto o PSDB está dividido, porque durante todos os programas eleitorais do Alckmin para presidente, ele exaltava o “Programa Escola da Família” como a máxima de seu governo no estado, era a “menina dos olhos” do governador. Realmente os dados mostrados eram verdadeiros, não gosto e nem quero fazer propaganda para o Geraldo, porém verdade seja dita, o projeto é muito bom, ajudou muita gente, reduziu em muito os atos de vandalismo praticado contra as escolas estaduais, reduzindo também as brigas entre gangues, “tirou” muitos jovens da ociosidade e deu oportunidades a quem quisesse ensinar e também para quem quisesse aprender, a comunidade participava e entendia definitivamente que era necessário zelar pelo bem público, entenderam que os verdadeiros donos da escola não era o governo estadual e sim a comunidade local.
Muitos conquistaram o tão sonhado curso superior graças à “Escola da Família” que financiava os estudos dos universitários em troca de ficar na escola no sábado e domingo e participar de reuniões durante a semana que auxiliavam a diversificar as atividades oferecidas ao público.
Os professores também tiveram espaço para ser Educador Profissional, desenvolver habilidades e conhecer o outro lado da vida de seus alunos, ajudou a muitos que estavam sem aulas e com isso estreitou as relações professor/comunidade, passou a entender melhor o comportamento de alguns discentes que não tinham lugar algum para ir durante os fins de semana e encontravam na escola o único local de lazer onde podia fugir da realidade difícil e viver um pouco o seu lado criança.
Acredito que essa redução no número de escolas abertas nos finais de semana é pura implicância política e não falta de verba, quem acaba perdendo como sempre é o povo que aceita tudo e não tem boca para reclamar e exigir seus diretos.
Viva o Programa Escola da Família, seus idealizadores e todas as ações sociais desenvolvidas por professores, universitários, voluntários e demais colaboradores, o que é bom tem que continuar, devemos é repreender esse governo dando a resposta nas urnas.